Não, eu não vou falar sobre os comparsas de Rackham, o Terrível, inimigos de Sir. Francis Haddock! A pirataria que será tratada aqui é a mais comum hoje em dia, também conhecida como plágio.
Mas além desse termo , existem outras expressões utilizadas para definir o "ato de copiar, ou homenagear": o pastiche e a paródia.
Hergé e Tintim são, provavelmente, as maiores "vítimas" de piratarias, pastiches e paródias da sua obra. O sucesso e a limitação legal imposta por Hergé à sua obra talvez expliquem as inúmeras reproduções das aventuras de Tintim.
Um dos exemplos mais conhecidos é o episódio Tintin e a Alfa-Arte (Tintin et l'Alph-Art), que seria a vigésima quarta obra de Hergé, mas ficou incompleta devido à sua morte.
Como seu argumento está disponível ao público (inclusive a Cia das Letras o lançou recentemente no Brasil), outros desenhistas têm a oportunidade de "completar" a obra. Surgiram assim três versões: uma de Ramo Nash, a segunda de Yves Rodier e a última da Escola de Belas Artes de Paris (só disponível em CD-Rom).
Mas além desse termo , existem outras expressões utilizadas para definir o "ato de copiar, ou homenagear": o pastiche e a paródia.
Hergé e Tintim são, provavelmente, as maiores "vítimas" de piratarias, pastiches e paródias da sua obra. O sucesso e a limitação legal imposta por Hergé à sua obra talvez expliquem as inúmeras reproduções das aventuras de Tintim.
Um dos exemplos mais conhecidos é o episódio Tintin e a Alfa-Arte (Tintin et l'Alph-Art), que seria a vigésima quarta obra de Hergé, mas ficou incompleta devido à sua morte.
Como seu argumento está disponível ao público (inclusive a Cia das Letras o lançou recentemente no Brasil), outros desenhistas têm a oportunidade de "completar" a obra. Surgiram assim três versões: uma de Ramo Nash, a segunda de Yves Rodier e a última da Escola de Belas Artes de Paris (só disponível em CD-Rom).

O site Tintin est vivant, que se dedica às pastiches, paródias e piratarias de Tintin, define com precisão estes termos:
Pirata: edição que reproduz as vinhetas originais, mas que não paga direitos de autor (exemplo: o álbum das Éditions Jean Lafitte, de apenas 1.000 exemplares, "Le Naufrage du Licorne" que reproduz tiras do álbum "O Segredo do Licorne" publicados no jornal Le Soir);
Pastiche: Imita os traços do autor original (exemplo: "O Lótus Rosa", que mostra um Tintim considerado pervertido, já que experimenta as relações sexuais e se transforma num decadente paparazzo);
Paródia: Transformação de um obra pré-existente numa faceta burlesca, lúdica ou satírica (exemplos das diversas homenagens a Hergé ou Tintim feita por diversos autores).
Fonte: Tintinófilo
Conheça um Pastiche
Conforme prometido, trago uma surpresa para os leitores do blog. Não é nada fenomenal, mas para quem nunca leu "Tintim e a Alfa-Arte", pode ser um bom divertimento. Trata-se da versão do álbum adaptada por Yves Rodier, e traduzida para o português por este desocupado tintinófilo que vos fala...
Hergé trabalhou no álbum até sua morte, em 1983, deixando-o inacabado. Os esboços e argumentos foram publicados pela Casterman em 1986, em associação com a Fundação Moulinsart, e em 2004 foram republicados - a mesma edição chega esse mês ao Brasil.
Yves Rodier sempre foi admirador de quadrinhos, principalmente de Hergé. O escritor canadense começou sua carreira fazendo pastiches das Aventuras de Tintim. Eram obras ilegais, por não ter autorização da Moulinsart, por isso seu objetivo de publicá-las oficialmente não foi alcançado. Porém, sua alta qualidade fez com que Rodier entrasse em contato com os antigos colaboradores de Hergé: Bob de Moor, Jacques Martin e Greg.
Tintim e a Alfa-Arte foi o primeiro pastiche realizado por Rodier, totalmente baseado no argumento e estilo de Hergé. Foi publicado em 1986 em preto-e-branco, mas grupos de fãs logo trataram de colori-lo e traduzi-lo para outros idiomas. Atualmente está disponível para download em algumas línguas, como o espanhol, inglês, e francês, mas eu estou trabalhando na tradução e adaptação do texto e pretendo publicar este pastiche completo aqui no blog. Espero que gostem do resultado!
Para começar, só um aperitivo... Conheça a capa do álbum de Rodier.
Conforme prometido, trago uma surpresa para os leitores do blog. Não é nada fenomenal, mas para quem nunca leu "Tintim e a Alfa-Arte", pode ser um bom divertimento. Trata-se da versão do álbum adaptada por Yves Rodier, e traduzida para o português por este desocupado tintinófilo que vos fala...
Hergé trabalhou no álbum até sua morte, em 1983, deixando-o inacabado. Os esboços e argumentos foram publicados pela Casterman em 1986, em associação com a Fundação Moulinsart, e em 2004 foram republicados - a mesma edição chega esse mês ao Brasil.
Yves Rodier sempre foi admirador de quadrinhos, principalmente de Hergé. O escritor canadense começou sua carreira fazendo pastiches das Aventuras de Tintim. Eram obras ilegais, por não ter autorização da Moulinsart, por isso seu objetivo de publicá-las oficialmente não foi alcançado. Porém, sua alta qualidade fez com que Rodier entrasse em contato com os antigos colaboradores de Hergé: Bob de Moor, Jacques Martin e Greg.
Tintim e a Alfa-Arte foi o primeiro pastiche realizado por Rodier, totalmente baseado no argumento e estilo de Hergé. Foi publicado em 1986 em preto-e-branco, mas grupos de fãs logo trataram de colori-lo e traduzi-lo para outros idiomas. Atualmente está disponível para download em algumas línguas, como o espanhol, inglês, e francês, mas eu estou trabalhando na tradução e adaptação do texto e pretendo publicar este pastiche completo aqui no blog. Espero que gostem do resultado!
Para começar, só um aperitivo... Conheça a capa do álbum de Rodier.
Muito boa essa matéria. Não sabia desses tres tipos de"homenagem".
ResponderExcluirQueria conhecer mais pastiches, taí uma sugestão...
Eu sou uma grande fã do tintin e estou procurando os episódios em francês ou para baixar ou mesmo o box para comprar. Será que vc poderia me dar alguma dica de onde encontrar??
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