Nesta quarta e última parte do nosso especial, você poderá fazer, por si só, uma análise mais profunda das diversas versões de Tintim e a Alfa-Arte. Comparando as imagens abaixo, é possível notar a verdadeira evolução do álbum de Hergé, desde seus esboços um pouco indefinidos, passando pelos rascunhos não finalizados e por fim chegando à versão pastiche que conhecemos hoje.
O começo: Hergé fazia anotações e registrava pensamentos nas páginas de esboços. Como pode ser visto no amontoado de papéis que deixou, o artista teve várias ideias - muitas delas descartadas - para compor aquela que seria a 24ª aventura de Tintim.
Um mestre no lápis: O segundo passo era transformar aqueles rabiscos em formas mais concretas. Infelizmente, a leucemia só permitiu que o cartunista chegasse a esta fase em três das quarenta e duas páginas que havia esboçado. Abriu-se um caminho para amantes da arte e aproveitadores...
A pressa é inimiga da perfeição: Na esperança de ganhar uns trocados em cima do nome de Hergé, o artista que assinava como Ramo Nash completou sua versão logo após a publicação dos esboços pela Casterman. O resultado foi um álbum com gráficos malfeitos, como dá pra ver na imagem acima. Obviamente aquilo não agradou aos tintinófilos, sedentos por uma nova aventura.
Trabalho profissional: Muito rara de se encontrar, a versão dos estudantes de Belas Artes de Paris é uma das mais detalhadas (por exemplo, repare o picapau do penúltimo quadrinho!). Só há um porém: eles não finalizaram o álbum, em respeito à memória de seu autor.
Ele foi além: Yves Rodier não se contentou com as versões anteriores e resolveu finalizar o álbum. Publicado como "homenagem a Hergé", este pastiche traz uma continuação às 42 páginas de Hergé, finalizando a última aventura de Tintim em harmonia com estilo de seu criador.
Versão brasileira: Há pouco menos de um ano, o blog As Aventuras de Tintim decidiu publicar, pela primeira vez em português (e recolorido), a versão de Rodier do álbum de Hergé. Exceto em casos raros, uma página é publicada por semana, levando aos brasileiros a oportunidade de conhecer um pastiche de Tintim, que não deixa de ser uma obra póstuma, uma herança de Hergé.
Referências
Serviram como fontes de pesquisa para este especial:
Referências
Serviram como fontes de pesquisa para este especial:
- Tintin est Vivant - www.naufrageur.com
- Wikipedia - www.wikipedia.org
- Tintim e a Alfa-Arte - Cia das Letras, 2008
- Tintín CFH - www.losforos.es
- Para descubrir Tintin- www.free-tintin.net
Esse especial foi demais, Britto! Realmente muito bom. E através desta última parte é possível realmente tirar uma conclusão sobre a melhor versão de "Tintim e a Alfa Arte", que com certeza é a de Yves Rodier.
ResponderExcluirValeu!