“Desde que li meu primeiro livro da série, Tintim nunca mais saiu
dos meus pensamentos
e do meu coração. Percebi que Tintim e eu estávamos destinados a
algum tipo de parceria...
e a uma viagem de descoberta”. - Steven Spielberg, diretor
Com
uma série de aventuras emocionantes ao redor do mundo, Tintim se tornou uma sensação planetária. O intrépido repórter com
o topete engraçado e a coragem de fazer sempre a coisa certa em todas as situações
se transformou num herói mundial dos jovens leitores e numa verdadeira
inspiração para os artistas. As graphic
novels de Tintim, escritas e ilustradas por Georges Remi sob o pseudônimo
de Hergé, cruzaram diferentes culturas, inúmeras gerações e até fronteiras
devastadas pela guerra. Um fenômeno cultural pop duradouro, a série foi
traduzida em mais de 100 idiomas; e sua vendagem já ultrapassou 250 milhões de cópias...
e o número continua subindo.
“Tintim
é um repórter ávido que está à caça de fragmentos de pista, que adquirem
magnitude e se transformam em aventuras fantásticas ao redor do mundo”,
descreve Spielberg. “O que o torna tão interessante é a sua busca inesgotável
da verdade, ainda que isso sempre o leve por caminhos traiçoeiros. Com
frequência, ele se vê envolvido em grandes enrascadas, mas de alguma maneira,
encontra a saída. Já na minha primeira leitura, percebi que Tintim e eu estávamos destinados a algum tipo de parceria”.
Peter Jackson cresceu com Tintim, e suas
aventuras exerceram uma grande influência sobre ele. Desde garoto na Nova
Zelândia, muito antes de começar sua carreira cinematográfica – que inclui a
trilogia de fantasia mais aplaudida da história do cinema: a saga O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings) – Jackson devorava todos os livros de
Tintim que conseguia, apesar do esforço para tentar entender as edições em
francês. “Quando
é você jovem, pode facilmente se imaginar vivendo as aventuras nas quais Tintim
se envolve”, observa Jackson. “Elas apelam a um instinto primitivo de aventura
que todos nós temos”.
Ambos
viram o potencial cinematográfico do DNA de Tintim. “Ficamos
impressionados com o fato de que Hergé contava suas histórias através daqueles
belos storyboards, digamos, mas que eram
muito simples, claros e de grande força narrativa”, afirma Kathleen Kennedy, a
parceira de Spielberg de longa data e, agora, produtora de Jackson.
Spielberg
contatou Hergé pela primeira vez há muito tempo, em 1983 – e descobriu que o
artista belga estava verdadeiramente entusiasmado com a ideia de pôr seu astuto
personagem nas mãos do cineasta. Porém, lamentavelmente, Hergé faleceu antes
que eles pudessem se encontrar. Mais tarde, a viúva, Fanny Rodwell, realizou o
desejo dele, negociando os direitos com Spielberg. "Hergé
escolheu Steven como o único diretor que, segundo ele, poderia fazer um filme
baseado no seu trabalho”, afirma o produtor executivo, Stephane Sperry, que
está envolvido com a propriedade Tintim
há
décadas e é fã do personagem há ainda mais tempo. “E o Steven sempre foi muito
respeitoso com relação a isso”.
Os
cineastas trabalharam lado a lado com Nick e Fanny Rodwell, consultando os dois
guardiães do espólio de Hergé e especialistas em tudo relacionado a Tintim. “A
coisa mais importante era honrar Hergé e chegar o mais perto possível da sua
palheta única de cores e do seu estilo de retrato. Cada uma das suas pranchas
ilustrativas conta uma história em termos cinematográficos”, observa o diretor.
“Havia uma grande energia cinética em cada pose e ação, parecia que ele tinha
tentado comprimir 24 fotogramas em um único quadro, e conseguiu. Eu creio que
essa seja a genialidade de Hergé. Cada uma das suas histórias tinha a essência
de um filme – e agora nós podemos ser fiéis a isso”.
Spielberg
percebeu, na hora, que Jackson era o parceiro ideal. “O Peter me disse: ‘Se
você estivesse aqui comigo agora, poderia ver atrás de mim a coleção completa dos
livros do Hergé. Eu adoraria fazer parte disso’”, relembra Spielberg. “E assim
começou o nosso processo de tentar encontrar uma forma de capturar o estilo
artístico tão característico do Hergé e de Tintim,
e
levá-lo às telas”.
Jackson
estava ansioso para começar a tarefa. “Eu vibrei quando o Steven me convidou
para fazer parte do projeto”, afirma. “O Steven se parece muito com o
personagem Tintim”, comenta Jackson. “Ele é jovem de espírito. É muito curioso.
Ele ama aventuras e o seu senso de humor é semelhante ao de Hergé nas Aventuras de Tintim. É a combinação perfeita”.
Além
de ser o produtor do primeiro filme da série, Spielberg perguntou a Jackson se
ele dirigiria o segundo filme da saga. Jackson concordou e com a aprovação e
cooperação de Fanny e Nick Rodwell e da Fundação Hergé, a aventura começou. Fanny,
que agora é presidente dos Estúdios Hergé, em Bruxelas, explica: “Foi, para
nós, uma verdadeira honra nos associarmos a esses cineastas e criadores
excepcionais que, com certeza, levarão Tintim às suas maiores aventuras nas telas
dos cinemas. O próprio Hergé já tinha afirmado, certa vez: ‘Eu encaro as minhas
histórias como filmes’. Que profético!”
Depois de consultarem a Fundação Hergé,
os cineastas convocaram os roteiristas Steven Moffat e a equipe de Edgar Wright
& Joe Cornish para darem forma à adaptação cinematográfica. Para apresentar
Tintim e seus vários aliados e inimigos ao maior público possível, os cineastas
decidiram combinar seus três livros de Tintim preferidos -- O Caranguejo das Tenazes de Ouro, O Segredo
do Licorne e O Tesouro de Rackham o
Terrível – em um enredo singular que empolgasse os espectadores modernos
.
Os
livros foram como uma estrela-guia para os roteiristas. “As histórias de Hergé
te levam a um mundo de cores vibrantes e aventuras, mas são muito mais que
isso: estão cheias de questões morais, de viagens e exotismo, enquanto nos
apresentam a grandeza do mundo e ideias científicas. Creio que essa é uma das
razões que as tornam tão importantes no imaginário de milhões de crianças e
adolescentes, e queríamos incorporar tudo isso no roteiro”, resume Cornish.
Também
os guiou o enfoque conceitual de Spielberg e Jackson, que identificaram
elementos de film noir, suspense
hitchcockiano e thrillers de efeitos
especiais na arte de Hergé e os trouxeram para o primeiro plano. O
resultado, afirma Spielberg, é “parte mistério, parte história de detetive, e
ainda, uma emocionante aventura, e tudo isso girando em torno da grande
história de amizade, lealdade e confiança entre o Capitão Haddock e Tintim”.
Texto: Sony Pictures
Imagens conceituais: The Art of the Adventures of Tintin
Britto voce ja conseguiu o livro?
ResponderExcluirInfelizmente ainda não consegui meu livro, Anônimo.
ResponderExcluirUm belo resumo de tudo o que aconteceu! Gostei :)
ResponderExcluirP.S- Se alguem estiver curioso em ver alguma imagem do livro "The Art Of The Adventures Of Tintim" que me digam para eu fazer scan e colocar no fórum (se não estão no fórum registem-se!) :P
Puxa estou querendo comprar mas esta dificil estou no dilema se compro uma litografia ou o livro pois ambos tem uma tiragem de 1000 esxxemplares
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